quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Querendo aprender Desenho?

Nós sabemos que objetivos apenas não são suficientes. Você precisa de objetivos e prazos.
Objetivos grandes o suficiente para lhe entusiasmar e prazos para fazer girar a roda da urgência.
Um não é de muita ajuda sem o outro, mas juntos podem ser tremendos!

Então se o seu objetivo é aprender a desenhar tudo, aproveite o prazo desta promoção.
ATÉ 11/12/2016
De R$ 720,00 por R$ 360,00.

Inscrições APENAS por e-mail: fatelier@defatima.com.br

Com acompanhamento personalizado, focado em suas dificuldades, partindo de simples exercícios de aquecimento você irá soltando o pulso e garantindo a firmeza do traço. Praticando a observação verá a grande diversidade de beleza que nos cerca e como você se torna capaz de perceber os detalhes, podendo então retransmiti-los através do seu desenho.

Dúvidas?
Fique à vontade - pergunte e se eu não souber, vou procurar a resposta.





segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Quantas cores tem um céu?



Na Pintura de Paisagens, o céu tem uma importância maior do que parece à primeira vista. Note que ele ocupa uma área sempre grande o que pode comprometer toda a tela se não for bem representado.

Além disto constitui uma enorme fonte de luz do motivo.

Para pintar o céu de maneira convincente é preciso captar a infinita variedade de cores e formações de nuvens, o que pode exigir a realização de vários estudos.
Nuvens não são apenas branco puro, elas refletem a cor do céu. O céu é mais claro ao amanhecer e ao pôr do sol, quando as nuvens se transformam em tons de amarelo, vermelho e rosa.


O céu também tem pedaços de sombra, não são simplesmente azul! Eles são a acumulação de vários
tons de azul. Experimente acrescentando cores como o ocre e carmesim a seus azuis.


Embora cada tipo de céu exija um tipo de abordagem, um pouquinho de atenção aos detalhes irá ajudar muito:


- defina a forma das nuvens;
- modele as nuvens com tons variados;
- trabalhe com sobreposição de camadas!

Não tente pintar cada detalhe nas nuvens. Simplifique os detalhes da superfície, concentrando-se no padrão.

Trabalhe inicialmente as camadas mais escuras, com tinta magra e só depois acrescente a luz com camadas mais densas e claras!

Você tem alguma dúvida com a sua pintura de céu?
Escreva pra gente:
fatelier@defatima.com.br





quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Paletas

Antigamente as paletas, peças usadas para misturar as tintas, eram de madeira e absorviam muito, os azeites e médiums. Hoje podemos contar com o revestimento em fórmica, o que nos garante uma superfície perfeitamente lisa, absolutamente branca e sem nenhuma absorção.Você também poderá optar por paletas descartáveis vendidas nas boas casas do ramo.







O primeiro ímpeto que temos ao adquirir um novo jogo de tintas é o de espalhá-las pela paleta e experimentarmos logo todas as cores, sem nos preocuparmos muito com a seqüência do nosso trabalho.

Naturalmente não é necessário que tenhamos todas as cores da nossa maleta dispostas de uma única vez na paleta, mas a maneira de dispor as tintas e de misturá-las vai variar de artista para artista e por isto você deve escolher a que melhor se adapte à sua maneira de pintar. 
NO ENTANTO, LEMBRE-SE:
PALETA LIMPA - CORES NÍTIDAS!

Observe abaixo, uma arrumação bem aproveitada das cores na paleta. Note que o branco deverá conter o dobro das outras cores.




O centro da paleta permanecerá livre para a mistura das tintas que, preferencialmente, deverá ser feita com a espátula.

E como segurar tanta coisa de uma só vez ? Fácil:



Observação:

Existem paletas especiais para canhotos.










terça-feira, 22 de novembro de 2016

Como iniciar com a Tinta Acrílica

As tintas acrílicas geralmente são produzidas com os mesmos pigmentos que as tintas a óleo e as aquarelas. A principal diferença é que na acrílica estes pigmentos, ao invés de triturados em óleo de linhaça ou goma arábica, são ligados por uma resina plástica sintética.

Seu efeito, depois de seca, é o de uma camada plástica, transparente, de grande brilho e luminosidade. A secagem rápida, a boa permanência das cores e o custo reduzido a transformaram hoje na escolha de muitos artistas profissionais.

Para conhecer melhor a sua textura e aplicabilidade, faça o seguinte teste:

Em um pedaço de papel DUPLEX OU TRIPLEX, previamente fixado à uma superfície rígida, desenhe uma tabelinha com 3 colunas e diversas linhas.

Na primeira coluna pincele a cor pura, na segunda a cor diluída com pouca água e na terceira a cor diluída com 50% de água.


Experimente várias cores até que esteja completamente segur@ das suas pinceladas.

O MÉDIUM ACRÍLICO

Outro conhecimento importante é a aplicação do médium acrílico - preparado que ao ser acrescentado à tinta acrílica, além de aumentar a fluidez, retarda o tempo de secagem.

Entre os materiais nacionais :

MÉDIUM ACRÍLICO > CORFIX 
MÉDIUM ACRÍLICO > ACRILEX
MÉDIUM ACRÍLICO > GATO PRETO
Todos os três produtos nacionais retardam a secagem da tinta acrílica e devem ser usados moderadamente. Para conhecer melhor a sua textura e aplicabilidade, faça o seguinte teste:

Você pode usar ou não a tabelinha, mas na primeira coluna pincele a cor pura, na segunda a cor diluída com uma gotinha de médium e na terceira a cor diluída com um pouco mais de médium e assim por diante.


Observe que o médium deve ser acrescentado às gotinhas pois uma quantidade muito grande não permitirá que a tinta seque.


Conhecendo a reação da tinta você se sentirá mais seguro para pintar!


Se ainda restarem dúvidas, não se acanhe - me escreva:
fatelier@defatima.com.br
Mais dicas em nosso curso ONLINE de PINTURA ACRÍLICA
http://defatimatelier.blogspot.com.br/p/acrilica.html


terça-feira, 8 de novembro de 2016

O Princípio do Princípio.

Tudo que você precisa para começar a desenhar é uma folha de papel e um lápis. Atualmente os lápis são produzidos com uma mistura de grafite e argila que permite que os tenhamos em diversas gradações, do mais mole ao mais duro. As diversas gradações do lápis facilitam as suas diversas aplicações. Quanto mais duro o lápis, mais leve e clara a sua linha, podendo então ser usado para esboços e croquis.

 




Por "H" entende-se "Hard" - uma mina dura. 

Por "B" entende-se "Brand" ou "Black" - uma mina macia ou preta.

Por "HB" entende-se "Hard/Brand"- uma mina de dureza média








Um bom resultado na desenho depende muito da habilidade na organização dos traços e tons. Você pode desenhar a lápis usando apenas linhas, apenas tons ou ainda a combinação de linhas e tons.

Alguns traços básicos irão lhe ajudar a desenhar. 


E isto:



Agora experimente estas combinações:








À medida que for treinando, descobrirá uma infinidade de outros por sua própria conta.





Tudo o que vemos pode ser um bom motivo para desenhar.
Precisa de ajuda? Conte comigo:
 fatelier@defatima.com.br


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Como usar os pigmentos da aquarela?

Às vezes, um céu azul em uma tonalidade  excessivamente vibrante pode comprometer a sua pintura - sabe por quê? Na aquarela os pigmentos se dividem em três grupos:

- transparentes
- opacos
- corantes

É importante conhecê-los para conseguir transmitir bem a impressão daquilo que você estiver pintando. Por exemplo,um azul transparente irá acentuar a impressão de luminosidade do céu, ao contrário de um azul corante.

E como saber quem é quem?




Os pigmentos transparentes possuem uma qualidade etérea, perfeita para motivos atmosféricos:
azul-manganês, azul-ultramar, azul-cobalto, rosa-garança, amarelo-limão, terra de siena natural, verde-hooker e cinza payne.





Os pigmentos opacos são mais densos ótimos para um tronco de árvore ou uma superfície opaca:
vermelho, amarelo e laranja de cadmio, vermelho indiano, amarelo ocre,terra sombra queimada, terra sombra natural e azul cerúleo.

Os pigmentos corantes tingem fortemente o papel e dificilmente serão removidos. São eficientes em contrastes dramáticos:
vermelhão, azul phtalo, alizarin, verde esmeralda, verde selva, laca escarlate.





Certamente você irá encontrar outras nomenclaturas de acordo com cada fabricante, mas estas cores aqui nominadas já são o suficiente para você entender bem estas diferenças sutis da pintura em aquarela e nunca mais errar o tom!
Fátima Seehagen

Fátima Seehagen







terça-feira, 11 de outubro de 2016

Nossa sugestão para o Dia das Crianças


Um “Personal art trainer”, não é como um professor de artes na concepção mais acadêmica do termo, mas como um parceiro que identifica a capacidade criativa do seu orientando e de modo personalizado lhe descortina novas maneiras de expressão por meio dos elementos concernentes a esta atividade como a cor, a forma, o volume, a disposição espacial.

É preciso apenas que a criança queira fazer o curso, goste de desenho e tenha acesso à Internet.
Caso os pais achem necessário é possível acompanharem as aulas dos filhos e receberem as cópias dos e-mails trocados.

Todos os nossos cursos são oferecidos exclusivamente a distância, via Internet, e o aluno pode participar de qualquer lugar que esteja. O atendimento é personalizado e diferenciado, com agendamento de aulas por chat via SKYPE em horários escolhidos pelo aluno. O aluno dispõe das seguintes ferramentas:

- Parte teórica: em forma de tutoriais 
- Banco de imagens: para execução dos exercícios 
- Comentários personalizados: feitos sobre os exercícios enviados
- Aula de acompanhamento: Ministradas em tempo real, via SKYPE ou FACE, em horário escolhido pelo aluno.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Pintando com Manchas de Cor

Quando apreciamos uma pintura assim, não imaginamos que ela é formada por centenas de PONTOS DE TINTA.













Para conseguir este efeito basta borrifar as cores sobre o papel úmido, onde elas se misturam, formando novas cores.
A técnica consegue evocar a luz e o efeito é incrivelmente real! Comece esboçando levemente a cena. em seguida borrife ÁGUA, passando o dedo pelas cerdas de uma escova de dentes, alguns centímetros acima do papel.

Em seguida varie o tamanho das gotinhas, borrifando também com pincéis de tamnhos variados, de forma que a pintura não fique uniforme e sem graça.

Só por último comece a borrifar o pigmento - a aquarela ligeiramente diluída, primeiro com a escova de dentes e depois com os pinceis.

Embora pareça totalmente acidental, você verá que é preciso alguma habilidade para transformar os borrifos coloridos em formas reconhecíveis. Um delicioso desafio!


Mais aqui:


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Como perceber as sombras?

Giz Pastel
Todo o efeito pictórico é uma ilusão da realidade que tem como fundamento a LUZ.
Sem LUZ, a FORMA não existe. A linha é, simplesmente, contorno.
A FORMA, portanto a realidade pictórica, o espaço e a terceira dimensão se obtêm com o uso das sombras.

Para poder reproduzir os tons de sombra, você tem, primeiro, de visualizá-los. 

Bons resultados na representação dos volumes dependem da capacidade do artista identificar a variação tonal completa do motivo. Quando os valores de luz e sombra não estão convenientemente representados, a imagem perde em naturalidade, comprometendo a leitura da obra.Cada motivo apresenta o seu próprio tom local, que indica o quanto ele é claro ou escuro em relação ao que o cerca. O tom local é quase sempre modificado pelos efeitos de luz e sombra, e são estas modificações que realmente descrevem a forma do objeto.

Na representação das sombras, o mais importante e que mantenha a simplicidade. Em uma pintura, as formas devem sempre estar iluminadas por uma ÚNICA fonte de luz.

Se no seu motivo incidirem mais fontes, REDUZA –AS!

 Ao se preparar para pintar um determinado modelo, analise:

      – Onde está a fonte de luz?

-     Na frente do motivo: determina fortes contrastes tonais no primeiro plano e no plano intermediário, que passam a desempenhar o papel dominante da pintura. Pinte com poucos detalhes tonais à distância, dando ênfase apenas no 1° plano.

-     Por trás do motivo: O fundo ficará em silhueta, determinando fortes contrastes tonais no fundo da pintura.

-     Em cima do motivo: Todos os planos são valorizados. No caso das paisagens, o céu deverá ser pintado em tom mais escuro, enfatizando-se as sombras dos três planos.

-     Iluminação difusa: os tons vão ficando menos nítidos gradativamente, à medida que se afastam.

Vamos fazer um teste? Identifique neste modelo toda a escala tonal:


Dúvidas? Escreva p'rá mim: fatelier@defatima.com.br


Ao estruturar a sua obra, tenha como regra que a luz deve ser usada contra fundos escuros e vice-versa, lembrando-se sempre que, quanto mais intensa a luz, mais escura será a sombra. Se tiver dificuldades em clarear determinada cor, coloque-a ao lado de uma sombra escura e observe o resultado.


segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Manual para ser criança


A partir dos 10 anos, a criança pode até perder o interesse pelo desenho e preferir outras atividades, alegando que não sabe mais desenhar. É a fase do bloqueio, ou o período de crise do desenho infantil, que divide opiniões sobre como proceder e qual a causa deste fato. Neste período é comum a criança apresentar hesitação, apagar várias vezes o desenho, pedir para usar réguas.

A orientação é importante nesta etapa em que a criança já não tem a espontaneidade dos anos anteriores e quer aprender a fazer um desenho detalhado e elaborado.


"O desenvolvimento intelectual e o físico são condições necessárias à evolução do traço, mas não suficientes, pois, na falta de oportunidades para desenhar e de orientações adequadas, o desenho fica estagnado ou estereotipado", diz Rosa Iavelberg, especialista em desenho e professora da Faculdade de Educação da USP.

Estimule! Matricule seu/sua filh@ em nosso Curso Online de Desenho: INICIANTE INFANTIL.


A percepção artística irá ajudar a se destacar em tudo que fizer na vida.

Tem um texto do Gabriel García Márquez que ilustra bem este período e que pode ajudar muitos pais neste decisão:

Manual para ser criança
Tradução livre Miguel Hachen

" Gostaria que estas reflexões fossem um manual para as crianças aprenderem a defender-se dos adultos na aprendizagem das artes e das letras. Não tenho uma base científica, senão emocional - ou em todo caso sentimental- e se fundamenta em uma premissa improvável: se colocarmos uma criança perante uma variedade de brinquedos, ela irá escolher aquele que mais goste; acredito que essa preferência não é casual, apenas revela que a criança tem uma vocação e uma aptidão que talvez possam passar inadvertidas para os pais (sempre ocupados) e para seus professores sempre cansados.

Aptidão e vocação se manifestam muito cedo e é importante identificá-las a tempo para que no futuro possamos ajudar a criança a escolher sua profissão. As crianças numa determinada idade e sob certas condições possuem faculdades congênitas que lhes permitem enxergar muito além da realidade admitida pelos adultos. Poderiam ser resíduos de algum poder divinatório que o gênero humano esgotou em etapas anteriores, ou - ainda - manifestações extraordinárias da intuição quase clarividente dos artistas durante a solidão do crescimento e que desaparecem - como a glândula do timo- quando já não são necessárias.

Acredito que se nasce com a vocação para escritor, pintor ou músico e em muitos casos com as condições físicas para a dança e o teatro, e com um talento propício para o jornalismo escrito entendido como um gênero literário e para o cinema entendido como uma síntese da ficção e da plástica. Neste sentido sou um platônico: aprender é recordar. Isto quer dizer que quando uma criança chega ao primeiro grau pode ir predisposto pela natureza para algum destes ofícios, mesmo que ainda não o saiba. E talvez não o saiba nunca.

Antônio Sarasate, aos quatro anos, tocou no seu violino de brinquedo uma nota que seu pai, um grande virtuoso, não conseguia dar com o seu. Sempre existe o risco de que os adultos destruam tais virtudes porque lhes parece primordiais e acabam por introduzir a seus filhos na mesma realidade fechada que aprenderam de seus próprios pais. O rigor de muitos pais com filhos artistas costuma ser idêntico ao utilizado pelas pessoas cujos filhos são homossexuais.

As aptidões a as vocações nem sempre vêem juntas. Daí o desastre de cantores com vozes sublimes que não chegam a lugar algum por falta de juízo, ou de pintores que sacrificam toda uma vida numa profissão errada, ou de escritores que não sabem contar uma história completa e em ordem.

As vantagens de não obedecer aos pais

Uma pesquisa tem demonstrado que na Colômbia não existem sistemas estabelecidos de captação precoce de aptidões e vocações como ponto de partida para uma carreira artística. Os pais não estão preparados para identifica-las no tempo certo. Geralmente contrariam a vontade dos filhos. Os pais menos drásticos propõem a seus filhos estudar uma carreira "segura" e, conservar a arte para entreter-se como hobby nas horas vagas. A sorte para a humanidade é que são poucas crianças que obedecem aos seus pais quanto ao seu futuro. É por isso algumas crianças que possuem alguma vocação assumem atitudes ardilosas para conseguir o que querem. Aqueles que não se dão bem na escola porque não gostam das matérias, não obstante, poderiam se sair muito bem se alguém lhes ensinassem aquilo que gostam. Também pode acontecer que obtenham boas notas, não porque gostem da escola, senão para que seus pais e professores não os obriguem a abandonar "aquele brinquedo preferido" que levam escondido no coração. Há também os casos de crianças que têm que sentar-se ao piano ou perante uma prancheta de desenho sem aptidão nem vocação alguma, apenas por imposição dos pais.

Um grande mestre de musica, escandalizado pela impiedade dos métodos utilizados, disse que o piano deveria ser deixado num canto da casa não para que as crianças estudem "na marra" senão para que "brinquem" com ele.

Nós, os pais, queremos que nossos filhos sempre sejam melhores que nós, impondo aulas de todo tipo, no intuito de começar uma estirpe de intelectuais. No extremo oposto, não faltam as crianças que seguem sua vocação sem conhecimento dos pais e, quando estes descobrem já são estrelas de uma orquestra ou autodidatas bem sucedidos.

Professores e alunos não aceitam os métodos acadêmicos tradicionais, porém não possuem um critério comum sobre como o aprendizado poderia ser melhor. A maioria recusa os métodos vigentes pela sua rigidez e falta de atenção à criatividade e preferem ser empíricos e independentes. Outros consideram que seu destino não dependeu tanto daquilo que aprenderam na escola como da "esperteza" com que driblaram os obstáculos de pais e professores. Em geral, a luta pela sobrevivência e a falta de estímulos tem forçado à maioria a aprender sozinhos.

Os critérios sobre a disciplina são divergentes. Alguns optam pela liberdade plena enquanto outros preferem o empirismo absoluto. Aqueles que falam da não disciplina reconhecem sua utilidade, porém acreditam que esta nasce espontânea como fruto de uma necessidade interna e, portanto, não há que força-la. Outros prescindem a formação humanista e os fundamentos teóricos da sua arte. Outros, ainda, afirmam que a teoria não é necessária. A maioria, após anos de esforços, se sublevam contra o desprestigio e as penúrias dos artistas numa sociedade que nega o caráter profissional das artes.

Não obstante, as opiniões mais duras da pesquisa estavam contra a escola, como um espaço público onde a pobreza de espírito corta as asas e é uma grande façanha aprender qualquer coisa, em especial as artes. Pensam que houve uma enorme perda de talentos devido à repetição infinita de dogmas acadêmicos, enquanto que os mais dotados apenas puderam ser grandes criadores quando não tiveram que voltar às aulas. "Educa-se de costas para a arte", repetem professores e alunos. Estes gostam de sentir que se fizeram sozinhos. Os professores ficam ressentidos, porém admitem que ele diriam o mesmo. Talvez o certo seria dizer que todos tem razão. Pois tanto os professores quanto os alunos e, em último caso, a sociedade toda, são vítimas do sistema de ensino que está longe da realidade do país.

Não é o mesmo o ensino artístico que a educação artística. Esta é uma função social e, assim como se ensinam as matemáticas e as ciências, deve ser ensinado desde o primeiro grau o apreço e o gosto pelas artes e as letras. Por outro lado, o ensino artístico é uma carreira especializada para estudantes com aptidões e vocações específicas, cujo objetivo é formar artistas e professores como profissionais da arte.

Não devemos esperar que as vocações cheguem: temos que sair a procurá-las. Estão em todas e qualquer parte, mais puras quanto mais esquecidas. São elas as que sustentam a vida eterna da música nas garagens, a pintura rebelde dos grafites, a poesia dos botecos, o torrente infindável da cultura popular que são o pai e a mãe de todas as artes.

Proponho não apenas uma mudança de forma nas escolas de arte, gostaria que a educação artística seja planificada dentro de um sistema autônomo, que dependa de um organismo próprio da cultura e não de ministério da educação. Que não esteja centralizado, pelo contrário, que seja o coordenador do desenvolvimento cultural desde as distintas regiões do país, pois cada uma delas têm sua personalidade cultural, sua história, suas tradições, sua linguagem, em fim, suas expressões artísticas próprias. Que comece por educar a os pais e professores na apreciação precoce das inclinações das crianças e os prepare para uma escola que preserve sua curiosidade e sua criatividade natural.

De todos modos, pela arte das artes, aqueles que hão de ser já o são, mesmo que jamais cheguem a sabe-lo.

Que a vida decida quem serve e quem não serve, como de todos os modos ocorre."

* Gabriel García Márquez - reconhecido escritor colombiano, prêmio Nobel de literatura, autor - dentre outras obras - de "Cem anos de solidão"

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Você tem uma caneta aí?

 O Desenho com "bico de pena" é muitas vezes subestimado como técnica.


Este é um desenho composto predominantemente por linhas as quais não delimitam simplesmente os objetos  desenhados, mas têm a intenção de explicitar seus sombreados ou texturas. Desta forma, o principal elemento deste tipo de desenho é o tracejado, trama ou textura: padrões gráficos que são usados para representar uma determinada textura, cuja manipulação e gradação de peso permite sombrear os objetos.  A aplicação dos valores tonais, organizados a partir de uma fonte de luz que indica zonas de luz e sombra, acentua a percepção de volume e tridimensionalidade dos objetos em uma composição, características que reforçam a ilusão de profundidade em um desenho. 

O bico de pena pode ser usado livremente. Não receie em reforçar ou corrigir linhas,
sempre com movimentos firmes, no entanto, leves.

Qualquer caneta serve! Experimente vários tipos de penas e também as diversas posições das suas penas para conhecer todos os possíveis efeitos.

Procure sempre ter em mente, claramente, para onde levará o traço. Enquanto for necessário, faça um esboço prévio, como um pequeno projeto de desenho.

E se quiser conhecer mais, faça um curso conosco. É rápido, é barato e é na segurança da sua casa!

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